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sábado, 11 de junho de 2011

Cabo Verde: Mais de 50 armas de guerra desaparecidas de armazém militar

Cidade da Praia, 11 jun (Lusa) - Mais de 50 armas de guerra, incluindo granadas, desapareceram do armazém do quartel militar Eugénio Lima, na Cidade da Praia, noticia hoje a imprensa cabo-verdiana.
Cidade da Praia, 11 jun (Lusa) - Mais de 50 armas de guerra, incluindo granadas, desapareceram do armazém do quartel militar Eugénio Lima, na Cidade da Praia, noticia hoje a imprensa cabo-verdiana.
Segundo a Inforpress, que cita fonte militar, o desaparecimento das armas foi descoberto em 03 de junho, estando já detidos nove soldados, suspeitos de envolvimento e que estão sob investigação.
Contactadas pela Agência Lusa, fontes do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) cabo-verdianas escusaram-se a prestar declarações, indicando que serão dados esclarecimentos após a conclusão da investigação em curso.
Há cerca de uma semana, a Polícia Nacional (PN) cabo-verdiana apreendeu uma espingarda automática AKM (versão da AK-47 Kalashnikov) na zona de Vila Nova, Cidade da Praia, na sequência de um tiroteio com um membro de um "gang" local, arma que, garantiu a fonte, veio do armazém militar.
O tiroteio resultou em dois feridos, um polícia e o atirador, que viria a falecer na quinta-feira no Hospital Agostinho Neto, na capital de Cabo Verde.
De acordo com a polícia, "uma pequena quantidade" das armas desviadas tem sido recuperada, com a colaboração dos soldados detidos, efetivos da Companhia de Polícia Militar da Terceira Região Militar.
JSD.

Combates no Iêmen deixam cinco mortos.

Pelo menos cinco soldados e três islamistas radicais supostamente vinculados com a Al-Qaeda morreram hoje em combates no sul do Iêmen, enquanto a progressiva melhora do presidente Alí Abdulah Saleh exacerbou os protestos da oposição.

  Fontes do Exército do país assinalaram que entre suas filas também há vários feridos, em consequência de uma emboscada de extremistas nas imediações de Lawdar, uma localidade da convulsa província de Abyan, na costa sul.

Testemunhas estimaram em sete o número de feridos, mas evitaram precisar quantos deles eram das forças armadas e quantos eram milicianos, relatando que os últimos queimaram três tanques de guerra durante os enfrentamentos deste sábado, iniciados na sexta-feira na noite.

Um porta-voz militar detalhou que as tropas irregulares atacaram com armas automáticas e foguetes uma caravana militar que transportava víveres e homens para reforçar o batalhão 111, mobilizado na região e considerado como peça-chave contra os islâmicos em Zinjíbar.

Lawdar situa-se próxima a Zinjíbar, capital da demarcação [estado] de Abyan, que, há duas semanas, registra intensos combates devido a uma operação do Exército iemenita para recuperar a cidade, tomada por opositores no dia 29 de maio.

Segundo a referida fonte, citada por meios de comunicação impressos e televisivos pró-governamentais, as forças armadas também empregaram a aviação de combate para golpear supostos esconderijos e bastiões da rede Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA).

Enquanto isso, a polarização política continua palpável em Sana, onde as manifestações de partidários e opositores de Saleh se acentuaram após as informações de que o presidente teria começado a realizar exercícios de reabilitação em um hospital da Arabia Saudita.

As notícias sobre a saúde do mandatário, que foi ferido durante um ataque à mesquita do palácio presidencial no dia 3 de junho, continuam sendo contraditórias, ainda que as autoridades locais assegurem que o mesmo regressará logo ao país e retomará suas funções.

Tais afirmações irritaram amplos círculos da capital, que se manifestaram na sexta-feira após as orações muçulmanas e voltaram a pressionar hoje para que se impeça a volta de Saleh como dirigente e se constitua um conselho de transição até novas eleições.

Sobre o tema, o general Alí Mohsen Al-Ahmar, chefe de uma influente divisão do Exército iemenita que se uniu à oposição faz meses, afirmou hoje que o país "estaria mais seguro sem Saleh e inclusive mais capacitado para se desfazer, por si só, da Al-Qaeda".

"(Saleh) reivindica ser a válvula de segurança para o Iêmen e os países vizinhos, mas isto é só uma mentira", afirmou o oficial de alto grau em uma entrevista com o jornal Al-Hayat.

Movimento de protesto contra a violência no México traça plano político.

Os grupos que convocaram uma caravana contra a violência no México, que já percorreu mais de 3.000 km até Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, assinaram um pacto que reclama uma mudança na estratégia antidrogas e ambiciosas reformas políticas.
"Este pacto é o início da reconstrução do México", afirmou o poeta Javier Sicilia, que convocou a caravana e conseguiu reunir centenas de organizações cívicas, grupos de direitos humanos e de vítimas da violência, apesar de não aceitar apoio formal dos partidos.
A caravana, no entanto, recebeu o apoio do governo dos Estados Unidos.
O pacto assinado exige que o governo esclareça os mais de 37.000 crimes atribuídos à estratégia adotaa pelo presidente Felipe Calderón em 2006 para enfrentar o narcotráfico com uma megaoperação militar.
O documento também pede uma reforma política que abra a possibilidade a candidaturas independentes dos partidos e a possibilidade de realizar plebiscitos.
Neste sábado, a caravana cruzará a fronteira para realizar um ato com organizações americana em El Paso (Texas), vizinha de Ciudad Juárez, onde pedirá a Washington que aplique novamente sua estratégia de converter a luta antidrogas numa guerra.

Japão protesta contra energia nuclear.


Milhares de manifestantes contrários ao uso de energia nuclear protestaram neste sábado no Japão, na data que marca o terceiro mês do terremoto seguido de tsunami que causou o pior desastre nuclear mundial em 25 anos, pressionando o governo a acabar com a dependência do país dessa fonte de energia.
Três reatores derreteram depois de um grande terremoto ter atingido a usina de Fukushima Daiichi no nordeste do Japão, forçando 80 mil pessoas a deixar suas casas nas adjacências enquanto engenheiros batalhavam contra vazamentos de radiação, explosões de hidrogênio e superaquecimento das barras de combustível.
Trabalhadores, estudantes e pais com crianças nos ombros fizeram múltiplos protestos em todo o Japão, mostrando seu descontentamento com a forma como o governo lidou com a crise, carregando bandeiras com os dizeres "Não às nucleares!" e "Sem Mais Fukushima".
"Se eles não entenderem a mensagem agora, o que mais pode acontecer antes que a gente pare de usar energia atômica, que provou ser tão perigosa?", perguntou Yu Matsuda, de 28 anos, que trabalha em um jardim de infância.
Ela levou seus dois filhos, um com dois e outro com quatro anos, para protestar em frente à central da operadora da usina, a Tokyo Electric Power Corporation (Tepco).
"Quero que minhas crianças brinquem ao ar livre em segurança e nadem em nossos mares sem preocupações", afirmou Matsuda, enquanto ouvia os discursos de ativistas de defesa dos direitos humanos e sobreviventes das regiões afetadas pelo tsunami.
Os protestos devem aumentar a pressão que causou o desligamento da usina nuclear de Hamaoka, em maio, e atrasos na volta da operação de reatores em todo o país após entrarem em manutenção programada até que medidas de segurança mais rígidas sejam introduzidas.
Atualmente, o Japão tem apenas 19 dos seus 54 reatores ligados devido ao desastre na usina de Fukushima Daiichi, elevando o risco de falta de energia em 2012. Muitos especialistas dizem que os riscos econômicos são muito elevados para que o Japão desligue todos os reatores.
Manifestantes furiosos, gritando "Tepco mentirosa!" e "Nos dê nossos amigos de volta!", criticaram o governo pela maneira como lidou com o desastre, que deixou mais de 23 mil mortos ou supostamente mortos e causou estragos em uma grande área do nordeste japonês.
O primeiro-ministro, Naoto Kan, que neste sábado visitou regiões afetadas pelo terremoto em memória das vítimas do desastre, sobreviveu na semana passada a uma moção de censura dizendo que vai deixar o cargo quando o pior da crise acabar.
Isso causou incerteza sobre a lisura e a velocidade da recuperação do país, já que ainda não há um acordo sobre como buscar recursos para o maior projeto de reconstrução desde os anos subsequentes à Segunda Guerra Mundial.