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sábado, 11 de junho de 2011

Combates no Iêmen deixam cinco mortos.

Pelo menos cinco soldados e três islamistas radicais supostamente vinculados com a Al-Qaeda morreram hoje em combates no sul do Iêmen, enquanto a progressiva melhora do presidente Alí Abdulah Saleh exacerbou os protestos da oposição.

  Fontes do Exército do país assinalaram que entre suas filas também há vários feridos, em consequência de uma emboscada de extremistas nas imediações de Lawdar, uma localidade da convulsa província de Abyan, na costa sul.

Testemunhas estimaram em sete o número de feridos, mas evitaram precisar quantos deles eram das forças armadas e quantos eram milicianos, relatando que os últimos queimaram três tanques de guerra durante os enfrentamentos deste sábado, iniciados na sexta-feira na noite.

Um porta-voz militar detalhou que as tropas irregulares atacaram com armas automáticas e foguetes uma caravana militar que transportava víveres e homens para reforçar o batalhão 111, mobilizado na região e considerado como peça-chave contra os islâmicos em Zinjíbar.

Lawdar situa-se próxima a Zinjíbar, capital da demarcação [estado] de Abyan, que, há duas semanas, registra intensos combates devido a uma operação do Exército iemenita para recuperar a cidade, tomada por opositores no dia 29 de maio.

Segundo a referida fonte, citada por meios de comunicação impressos e televisivos pró-governamentais, as forças armadas também empregaram a aviação de combate para golpear supostos esconderijos e bastiões da rede Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA).

Enquanto isso, a polarização política continua palpável em Sana, onde as manifestações de partidários e opositores de Saleh se acentuaram após as informações de que o presidente teria começado a realizar exercícios de reabilitação em um hospital da Arabia Saudita.

As notícias sobre a saúde do mandatário, que foi ferido durante um ataque à mesquita do palácio presidencial no dia 3 de junho, continuam sendo contraditórias, ainda que as autoridades locais assegurem que o mesmo regressará logo ao país e retomará suas funções.

Tais afirmações irritaram amplos círculos da capital, que se manifestaram na sexta-feira após as orações muçulmanas e voltaram a pressionar hoje para que se impeça a volta de Saleh como dirigente e se constitua um conselho de transição até novas eleições.

Sobre o tema, o general Alí Mohsen Al-Ahmar, chefe de uma influente divisão do Exército iemenita que se uniu à oposição faz meses, afirmou hoje que o país "estaria mais seguro sem Saleh e inclusive mais capacitado para se desfazer, por si só, da Al-Qaeda".

"(Saleh) reivindica ser a válvula de segurança para o Iêmen e os países vizinhos, mas isto é só uma mentira", afirmou o oficial de alto grau em uma entrevista com o jornal Al-Hayat.

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